quinta-feira, 27 de agosto de 2009

CD “Elas Cantam Roberto” em pré-venda



Só mesmo Roberto Carlos para reunir tantas estrelas numa noite só: o Teatro Municipal de São Paulo recebeu no dia 26 de maio de 2009 vinte divas da música brasileira para encantar Roberto Carlos em um show inesquecível. O espetáculo que recebeu o nome de “Elas Cantam Roberto Carlos”, faz parte das comemorações especiais dos 50 anos de carreira do rei e contou com a presença de nomes de peso no palco. O tão aguardado show teve Hebe Camargo cantando Você Não Sabe, o dueto de Zizi Possi e Luiza Possi com Canzone Per Te, Alcione, Daniela Mercury, Claudia Leitte, Ana Carolina, Adriana Calcanhotto, Marília Pêra, Sandy, Wanderléa, Ivete Sangalo e outras grandes divas. O show chegou ao seu auge com a emocionante interpretação do rei com Emoções. Para encerrar a apresentação com chave de ouro, as musas embalaram Como É Grande O Meu Amor Por Você. O tributo “Elas Cantam Roberto Carlos” teve direção musical de Guto Graça Mello e direção artística de Monique Gardenberg. Apresentamos esse belíssimo show em CD. Imperdível!

Faixas:

Disco 1

1. Você Não Sabe – Hebe Camargo
2. Canzone Per Te – Luiza Possi / Zizi Possi
3. Proposta – Zizi Possi
4. Sua Estupidez – Alcione
5. Desabafo – Fafá de Belém
6. A Distância – Celine Imbert
7. Se Você Pensa – Daniela Mercury
8. Você Vai Ser o Meu Escândalo – Wanderléa
9. Nossa Canção – Rosemary
10. Todos Estão Surdos – Fernanda Abreu
11. 120… 150… 200 Km Por Hora – Marilia Pera

Disco 2

1. As Curvas da Estrada de Santos – Paula Toller
2. Como Dois e Dois – Marina Lima
3. As Canções que Você Fez para Mim – Sandy
4. Só Você Não Sabe – Mart’nália
5. No Fundo do Meu Coração – Adriana Calcanhotto
6. Falando Sério – Claudia Leite
7. Não Se Esqueça de Mim – Nana Caymmi
8. Força Estranha – Ana Carolina
9. Olha – Ivete Sangalo
10. Emoções – Roberto Carlos
11. Como É Grande o Meu Amor Por Você – Rc & Divas

O CD “Elas Cantam Roberto” já está em pré-venda nas livrarias Saraiva..

Fonte: Saraiva.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

domingo, 23 de agosto de 2009

Ana Carolina no Criança Esperança 2009.

Ana Carolina se apresentou ontem(22/08/2009), no programa Criança Esperança, cantando sua nova música "Entreolhares" (dueto com John Legend).

Veja algumas fotos abaixo:











Se você não assistiu a apresentação dela, ou assistiu e quer assistir de novo: Clique Aqui!

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Prêmio Multishow 2009.

Ana Carolina não levou nenhum prêmio este ano. Mas dizem que foi marmelada. Não foi o Melhor Prêmio Multishow exibido. Teve pontos razoáveis, e de resto, não nos surpreendeu.

Veja alguns momentos de Ana Carolina no Prêmio:

Ana Carolina na platéia.


Ana Carolina e Mr Catra entregando o Prêmio TV Zé.


Ana Carolina e Mr Catra.




Ana Carolina e Catra no Camarim.


Ana faz caras e bocas com as cantadas do Mr Catra.


Ana Carolina beijando Seu Jorge.


Seu Jorge retribuindo um beijinho.


Veja o vídeo de alguns momentos da Ana:

Ana Carolina e Catra entregando o Prêmio de Melhor Clipe TV Zé, Clique Aqui!

Ana Carolina e Catra no Backstage, Clique Aqui!

É isso aí gente, quem sabe ano que vem a Ana leve os prêmios!

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

'N9ve' o CD mais vendido do momento

Nas lojas Americanas, no Submarino, na Saraiva e nos outros sites de vendas, o novo CD de Ana Carolina "N9ve", é um dos mais vendidos do momento.
Se você ainda não tem o seu, não perca tempo. Compre mais um sucesso de Ana Carolina.
Veja algumas fotos do CD, abaixo:







Fontes: Submarino, Americanas, Saraiva, Mercado Livre.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

CD: "Nove" (Ana Carolina) - Para o santo não entediar



"A minha oração é bem curta pro santo não entediar". Mais do que um verso de uma das nove faixas de "Nove", novo álbum de Ana Carolina, essa frase está transcrita em seu luxuoso encarte. Antes mesmo de chegar às lojas, o novo trabalho da cantora mineira já causou polêmica pelo fato de conter "apenas" nove faixas. Como se quantidade significasse qualidade. Para derrubar qualquer argumento crítico com relação à pouca quantidade de músicas, basta citar "Urubu", de Antonio Carlos Jobim, e que contém apenas oito faixas. (Só citei "Urubu" porque foi o primeiro disco com poucas faixas que veio à minha cabeça.)

Bom, "Nove", último álbum de Ana Carolina, lançado na semana passada, está muito distante de "Urubu" - e o intuito aqui não foi fazer uma comparação qualitativa, mas, tão somente, com relação ao número de faixas. Em compensação, ele prova que quantidade não é documento. Isso porque, "Nove" soa superior a "Dois Quartos", o gorduroso CD duplo que Ana Carolina lançou em 2006, e que tinha nada menos que 24 faixas (?!?).

Para os detratores do trabalho de Ana Carolina, a crítica é fácil: "só terei que suportar nove músicas novas". Esse não é o caso aqui. Tudo bem, se você não gosta de Ana Carolina, pode ter certeza que não será "Nove" que fará com que você se torne fã da cantora. "Nove" é, sim, melhor do que o anterior "Dois Quartos", mas também não pode ser considerado "o grande álbum de Ana Carolina". Aliás, se Zélia Duncan e Adriana Calcanhotto já lançaram um grande álbum ("Pelo Sabor do Gesto" e "Maritmo", respectivamente), Ana Carolina ainda está devendo o seu "grande álbum". Infelizmente a oportunidade, mais uma vez, foi perdida com "Nove".

Há boas canções em "Nove", não há dúvidas. Mas falta um laço conceitual entre elas. E a grande quantidade de participações especiais (1/3 do disco) acaba dando a impressão de que Ana Carolina quis atirar para todos os lados. Apesar da ótima produção de Alê Siqueira (em três faixas) e da dupla Mário Caldato / Kassin (nas seis restantes), as participações de John Legend, Chiara Civello e Esperanza Spalding soam excessivas e deslocadas.

"Entreolhares (The Way You're Looking At Me)" possui um ótimo arranjo de metais de Lincoln Olivetti. Mas para quê a voz de John Legend? Não se trata de implicância. Mas por que essa mania tupiniquim de colocar um artista internacional para participar do álbum. Será que dá mais credibilidade? Será que os executivos da gravadora pensam que Ana Carolina não se garante se não tiver um encarte repleto de nomes estrangeiros escritos? E o que dizer de "Resta"? O potente arranjo de cordas de Arthur Verocai não é o suficiente? É necessário colocar uma mulher cantando em italiano? Ah, fica mais chique...

Quando Ana Carolina resolve cantar sozinha, tudo fica muito mais natural. Basta ouvir a faixa de abertura do álbum, "10 Minutos (Dimmi Perché)", um tango eletrônico produzido por Alê Siqueira e que tem todo o jeitão de hit. "Tá Rindo, É?" é outro destaque de "Nove". Produzida por Mário Caldato e Kassin, a faixa é moderna e deliciosa, com mais um bom arranjo de metais (dessa vez a cargo de Felipe Pinaud) e os teclados e o "talk box" de Donatinho. Seguindo o mesmo estilo mais moderno, "8 Estórias" não desce tão bem, com a sua letra cansativa, que cita o nome de diversas mulheres, de Giovanna a Carmen. As coisas melhoram (e muito) com o samba (cheio de barulhinhos eletrônicos) "Torpedo", composto por Ana Carolina, Gilberto Gil e Mombaça. E nem precisou chamar nenhum gringo para cantar...

No final das contas, a impressão que ficou foi a de que, a despeito do pequeno número de faixas, "Nove", apesar de melhor, ainda soa tão gorduroso quanto o seu antecessor de estúdio "Dois Quartos". Talvez o problema não seja exatamente o número de faixas. Mesmo com oração curta, o santo ainda pode entediar...

Cotação: ***

***** Ótimo
**** Muito Bom
*** Bom
** Regular
* Ruim

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

Fonte: Esquina da Música.

Álbum N9ve marca as reviravoltas de Ana Carolina



Esqueça os tons excessivamente elevados de canções como Uma Louca Tempestade, Elevador e Encostar na Tua, assim como os mega e exaustivos sucessos radiofônicos É Isso Aí e Quem de Nós Dois. Também deixe de fora a grande quantidade de informação musical do CD duplo de estúdio Dois Quartos, lançado em 2006, e as letras explicitamente polêmicas de Eu Comi a Madona e Cantinho.

Em N9ve, álbum já nas lojas, Ana Carolina buscou um canto mais suave, certa distância de alguns hits da carreira, repertório enxuto (“apenas” nove canções) e letras que não mereceram a indicação de 18 anos, como aconteceu no anterior Dois Quartos. Tudo isso, segundo a artista, sem intenções prévias.

“Não penso antes de fazer um disco. Faço as canções e, depois, acontece. O processo foi, nesse sentido, mais sintético. Resolvi colacá-las no CD cantando de maneira mais suave. Acho que foi um ponto positivo porque nem sempre as pessoas aguentam escutar 24 canções em um álbum”, diz a artista, em entrevista por telefone.

Com o trabalho, que comemora dez anos de uma bem-sucedida carreira fonográfica (três milhões de CDs vendidos, aproximadamente), a artista busca um tipo de reposicionamento, a começar pelo conceito do projeto gráfico do álbum, voltado para atmosfera mais “cult”.

Prova disso também é evidenciada em algumas declarações da cantora, principalmente naquelas que envolvem arrependimentos por sucessos como É Isso Aí, gravado com Seu Jorge, e Quem de Nós Dois.

“Não sei nem se gravaria estas músicas. Acho que quando passa o tempo, você modifica um pouco o olhar em relação às coisas. Não gravar acho radical. Mas não faria com aquele arranjo, daquela maneira. Tanto que estas canções foram relidas”.

Mas Ana sabe bem que mexer a tal ponto em time que ganha é por demais arriscado. Quando questionada se as músicas sairiam por completo dos shows, prefere ponderar. “Talvez eu cante. Não defini o que fazer no próximo show. É lógico que as canções do N9ve vão estar presentes, mas não dá pra fazer um show com nove músicas”, diz.

Julgamentos – Por ser uma das cantoras que mais vendem discos e fazem shows no Brasil – N9ve saiu com 99.999 cópias de tiragem inicial, só não 100 mil para combinar com as coincidências que ela quis abarcar com o número 9 – , a artista afirma que nem sempre a obra é assimilada no total e que parte do público recai no preconceito.

“Quando você começa a escrever sua história, você vira a sua história. Quando vão falar de Ana Carolina, é inevitável as pessoas não se esquecerem de Garganta, Quem de Nós Dois... Isso acontece principalmente com o público flutuante, que só conhece músicas de trabalho”.

E completa: “Tem uma facção que vai para o show ouvir É Isso Aí, mas tem gente ligada em outras coisas, que não são menores porque fizeram menos sucesso. Muitas vezes, você fica resumido a uma fragrância, como se fosse só aquilo”.

O fato de sempre ser apontada como polêmica nunca incomodou a mineira. “Tudo que gera assunto mexe com a percepção de cada pessoa, com a ideia de cada pessoas sobre a própria vida. Nenhuma forma de arte faz sentido se você não tocar o outro. Eu prefiro muito mais a polêmica, para o bem ou para o mal, do que quando você passa batido. A apatia é a pior coisa”.

Entre as controvérsias , está a famosa capa da revista Veja, publicada em 2005, na qual assumiu a bissexualidade. “Acho que repercutiu um pouco às avessas. As meninas, o público gay, talvez tenha se incomodado. Difícil mensurar isso porque o show continua lotado. Mas elas questionaram o fato de eu gostar de menino também”.

Ana Carolina diz que acompanha o que é publicado sobre seu trabalho a ponto de telefonar para debater. “Quando conheço o trabalho do crítico e vejo que tem algo incoerente, eu passo a mão no telefone e ligo”. A cantora, contudo, faz distinção entre os textos. “No Brasil, escrevem como querem e você fica na mão de um comentário. Tem críticas que, mesmo falando mal, são coerente. E tem outras que são implicantes. O cara vem falando mal há anos de pessoas que nem eu ou você teríamos coragem de falar. Falam até de Tom Jobim. A função é falar mal. Neste caso, não passo a mão no telefone. Não perco tempo”.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

Fonte: A Tarde Online.

Ana já prepara DVD de 'N9ve' com Gil e Gadú



















Na imediata sequência da edição do CD N9ve, Ana Carolina já prepara DVD inspirado no repertório de seu sétimo álbum. Letrista do samba Torpedo, Gilberto Gil grava sua participação em 26 de agosto. Maria Gadú é outra presença confirmada. A cantora fará dueto com Ana em inédito blues que chegou a ser gravado para o disco, mas foi excluído na mixagem...


Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

Fonte: Blog do Mauro Ferreira.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ana Carolina: "O universo entre duas mulheres é muito rico"

Bissexual assumida, a cantora revela que pretende congelar seus óvulos.

Por Valmir Moratelli



Ao lançar seu novo CD, "Nove", a cantora Ana Carolina mostra que continua sem medo de dizer o que pensa. “Sempre fui de falar as coisas em casa, de maneira aberta. Quando me tornei uma pessoa pública, mantive o que era em casa, falando sobre tudo naturalmente”, diz ela, que completará 35 anos no dia 9 de setembro, quando estreia um show, no Rio de Janeiro. Ela recebeu QUEM em sua nova casa, uma mansão de três andares, de paredes envidraçadas e muros altíssimos, no bairro do Jardim Botânico, Zona Sul do Rio. Numa das salas, repleta de quadros que ela mesma pintou, livros de capa dura como The Allure of Woman e The Big Penis Book predominam sobre a mesa de centro. Entre assessoras, empresárias e empregadas, são nove mulheres presentes por lá. Na entrevista a seguir, como era de esperar, Ana foi franca e direta: disse que vai congelar óvulos para, no futuro, ser mãe; desmentiu os boatos de que teria tido um caso com Adriane Galisteu e, mantendo a natural irreverência, falou de sexo com homens e mulheres.

QUEM: Por que tantos números 9 em sua vida? É uma superstição?
ANA CAROLINA: Fiz dez faixas para o disco novo, mas a décima era um blues, que seria um ET no meio de tudo, não tinha nada a ver com as demais. Aí, deixei só nove, ou seja, não foi nada “mirabolado”. Faço aniversário numa data cheia de noves. Quando vi que tinha nove canções, que minha carreira foi lançada em 1999, não teve discussão, pensei: “O CD vai ser Nove e ponto”. Mas não é uma fixação, é só coincidência mesmo.

QUEM: Você se incomoda em fazer aniversário, envelhecer?
AC: Um pouco. Vou fazer 35 anos. Se eu viver até os 70, me assusta pensar que já cheguei na metade. Tenho vontade de cantar mais 15 anos e depois partir para outra coisa. Não deixar de fazer música, mas ir para um lugar distante, sem compromisso de shows, sem ter que pensar na expectativa do público perante meus discos.


“NUNCA TRAÍ NEM FUI TRAÍDA. MAS OLHA QUE CURIOSIDADE:SOU FILHA DE UMA RELAÇÃO EXTRACONJUGAL DO MEU PAI. NASCI DESSA TRAIÇÃO, QUE DUROU 12 ANOS. “

QUEM: Na música “Tá rindo, é?”, você canta que “Homem bom hoje em dia tá ruim de arranjar”. É isso mesmo?
AC: (Risos) Escuto algumas pessoas falando isso, é um papo universal. Essa música é um papo entre duas mulheres dentro de uma van, falando sobre vestidos, casamento, homens... É uma crônica cantada (ela acende um cigarro e joga as cinzas no chão). Ai, o mundo é um imenso cinzeiro.

QUEM: Você já andou de van?
AC: Cara, andei na época do Ana Rita Joana Iracema Carolina, em 2001, quando fiz vários shows em lonas culturais pela Zona Norte do Rio. Tinha muita vontade de entrar numa van de passageiros mesmo, mas não dá, né? Voltei agora de Londres, ficava no meio da galera, não tinha essa coisa de “Ah, ali a famosa”. É uma sensação boa.

QUEM: Na faixa “8 estórias”, você lista situações diversas com mulheres. São todas suas ex?
AC: Não tem nada de verídico ali. Até porque não ficaria bem falar que só tive oito ex-mulheres. E também não ficaria bem contar de todas essas ex numa música (risos).

QUEM: Num CD anterior, você cantou que “comeu a Madonna”. E o que acha do Jesus Luz?
AC: Vamos manter a heresia, né (risos)? Jesus é muito melhor do que eu. Ela arrasou. Naquilo ali está tudo certo (refere-se a Jesus)! Aliás, se eu fosse comer “com” a Madonna, seria vinho e peixe, multiplicação da comida e da bebida, como na Bíblia.

QUEM: Além de tórridos amores, suas músicas falam bastante de traição. É um assunto que você conhece bem?
AC: Nunca traí ou fui traída. Mas olha que curioso: sou filha de uma relação extraconjugal do meu pai. Nasci dessa traição, que durou 12 anos. Meus pais não foram casados, e ele faleceu quando eu tinha 2 meses. Acredito que você traia porque quer um prazer e não pelo desejo de fazer mal ao outro (a mãe dela chega e interrompe a entrevista para beijá-la). Estava falando da senhora nesse momento, mamãe! Falando bem, claro.

QUEM: Você lidou bem com o fato de saber que foi fruto de uma traição?
AC: Não tinha que lidar com isso. Era fato. E, depois, meu pai morreu sem eu conhecê-lo.

QUEM: Em entrevista a QUEM, em abril de 2008, você disse que gosta “dessa coisa confusa que é o pensamento feminino”. Isso quer dizer que você gosta de discutir a relação?
AC: Adoro! Dos poucos relacionamentos que tive com homens, percebi que vocês são pessoas mais fáceis de lidar, as coisas são como são. Agora, falando da relação mulher com mulher, as diferenças são conversadas, e não ignoradas. Ninguém deixa nada para depois. Pense que são duas mulheres que têm TPM, são naturalmente complexas. Tem uma cumplicidade maior aí. Não sairia com a cueca do cara, mas saio com a calcinha da minha namorada. Uma mulher com outra mulher exerce vários papéis: o de mãe, amiga, namorada, mãe, filha. O universo entre duas mulheres é muito rico.

QUEM: Você pensa em ser mãe?
AC: Não tem como não pensar. Na última consulta, conversei com meu clínico geral sobre congelar óvulos. Ele disse que vai me passar o nome da pessoa com a qual posso fazer isso. Não me vejo hoje tendo condições de dar atenção a uma criança, com o tipo de vida que levo. E sou diabética, não sei com até quantos anos produzirei óvulos. Quero deixar isso relaxado na cabeça. Vai que, com 45 anos, resolvo ser mãe e não posso mais?


“FALANDO DA RELAÇÃO MULHER COM MULHER, AS DIFERENÇAS SÃO CONVERSADAS, E NÃO IGNORADAS. (...) PENSE QUE SÃO DUAS MULHERES QUE TÊM TPM, SÃO NATURALMENTE COMPLEXAS.”

QUEM: Não cogitaria a ideia de adotar?
AC: Sim, por que não? Minha irmã, Selma, adotou duas meninas na Amazônia, sou madrinha delas. Fiquei encantada em ver como aquela relação delas virou uma família cheia de amor.

QUEM: Você já disse que iria inaugurar uma fase mais “colorida” em sua vida, dizendo que estava em busca de um namorado. Isso se concretizou?
AC: Essa fase aconteceu. Mas passou. Eu me aquietei. Estou namorando, não vou falar quem. Estou superfeliz.

QUEM: Está namorando homem ou mulher?
AC: Ai, não vou falar. Corta, corta...

QUEM: No ano passado, você foi clicada aos beijos, num show da Preta Gil, com um rapaz. Vocês namoraram?
AC: A gente ficou, mas não quero expor a pessoa, porque ele não soube lidar com essa história. No dia seguinte, o Orkut dele estava cheio de meninas querendo explicações, a casa dele foi vigiada. Várias meninas diziam na internet: “Não suporto esse cara”, “Jamais esperaria isso dela”... Isso era coisa de gays radicais, claro. O público gay ficou mais incomodado em saber que eu beijei um cara do que o público normal ao saber que eu fico com meninas.

QUEM: Você e Adriane Galisteu tiveram um relacionamento?
AC: Não, imagina.

QUEM: Ela nunca negou nem confirmou.
AC: Eu soube dos boatos. Adriane estava numa época meio complicada. Ela chegou a ir nuns dois shows meus. E aí deu cabo para todo mundo sair falando essas coisas.

QUEM: Vocês são amigas?
AC: Somos amigas assim, de ela ir aos meus shows. Depois do show, a gente sai para jantar, com amigos... Não me incomodam esses comentários.

QUEM: Já namorou menino e menina na mesma época?
AC: Namorar, não. Mas já fiquei na mesma época, sim, e já era adulta. Não sei se eles souberam. Eu soube!

QUEM: Quem você seria se fosse um homem?
AC: Hum... Vou arrebentar nessa resposta! Eu seria uma junção. Teria os olhos do Andy Garcia, cabelos e nariz do Johnny Depp, boca do Brad Pitt e corpo do Wolverine, o Hugh Jackman.

QUEM: O que homens e mulheres têm que ter para te conquistar?
AC: Homem tem que ter convicções, cabeça aberta e não ter família tradicional. Uma mulher tem que ter tudo isso e usar salto alto.

Fonte: Revista Quem.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

Ana Carolina no Jornal O Dia

Foto que saiu no Jornal O Dia hoje(12.08.09)



Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

Ana Carolina no Jornal Meia-Hora

Foto do Jornal Meia-Hora de hoje (12.08.09)



Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ana Carolina comemora 10 anos de carreira com Nove

Rio, 10 (AE) – Sempre que acaba de gravar um CD, Ana Carolina analisa e conclui que poderia ter feito melhor. No caso de algumas canções, como a versão de Quem de Nós Dois (de 2001), curiosamente um dos seus maiores sucessos, ela gostaria de poder voltar no tempo e refazer a gravação. Com Nove (SonyBMG), o CD que lança e com o qual comemora dez anos de carreira, foi diferente. “Desse eu gostei”, diz a cantora mineira, que deu entrevista em seu novo endereço no Rio: uma casa no Jardim de Botânico de projeto e vista cinematográficos, para a qual se mudou recentemente.

Nove tem nove músicas, será vendido a preço sugerido de R$ 19,99, com tiragem de 99.999 unidades e lançado com show no dia nove de setembro de 2009, no Citibank Hall (quando ela completa 35 anos). “Não é TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), é um carinho com o número”, brinca. É seu algarismo da sorte há muito tempo. A relação é tamanha que Ana limou uma décima faixa – um blues que ela julgou não ter lugar junto aos sambas e baladas já escolhidos -, para que ficassem apenas nove.

O último CD de inéditas foi o duplo Dois Quartos (2006), com 24 faixas. Dessa vez, ela quis chegar ao que considera essencial. “É um disco mais enxuto, mais coerente”, diz Ana, que se cercou de gente competente a qual admirava, a começar pelos produtores, Kassin, Mario Caldato e Alê Siqueira. Eles trouxeram músicos como Alberto Continentino (baixo), João Parahyba (percussão) e Donatinho (teclados). Ana preferiu não se ocupar da produção, como fez nos trabalhos anteriores. Gostou de mudar. “Quando você já tem seus métodos, é muito bom que reveja seus conceitos”, justifica.

Ana foi atrás da cantora e contrabaixista norte-americana Esperanza Spalding, que toca em Traição; em Entreolhares (The Way You’re Looking at Me), a música bilíngue que está tocando nas rádios, ela faz dueto com o cantor de R&B John Legend. A composição é dela, de Legend e Totonho Villeroy, seu constante parceiro. Traição é de Ana com a italiana Chiara Civello, a quem ela conheceu em saraus, e que coassina mais três: Resta (esta também de Dulce Quental), 10 minutos (Dimmi Perché) e 8 Estórias (uma coletânea de malsucedidos casos de amor entre mulheres).

Ana e Mombaça mandaram um samba e rapidamente Gilberto Gil fez a letra de Torpedo. A ultraromântica Dentro (Escolhi o pior lugar pra me esconder/Me tranquei por dentro de você/E não sei mais sair) ela compôs com Dudu Falcão; a divertida Tá Rindo, é?, outro samba, é do trio Ana/Mombaça/Villeroy.

Afora Gil, são compositores que estão com ela desde os hits Garganta, Nada Pra Mim e Quem de Nós Dois, que ajudaram a cantora de barzinhos “conhecida só por 200 pessoas em Minas Gerais” a vender mais de dois milhões de discos (este é o oitavo, sendo o quinto de inéditas), e a amealhar prêmios ano a ano.

Credenciais que fazem com que Ana não se deixe abalar por quem critica seu apelo popular.

"Tem compositor que se acha bom demais para tocar na rádio. Eu ganhei prêmio de melhor música no Domingão do Faustão cantando Carvão, que é uma das canções mais sofisticadas do Dois Quartos. Tem uma coisa que conta bastante no Brasil, que é o carisma. Quem tem carisma pode gravar qualquer coisa e conseguir se comunicar com o homem e a mulher comuns.”


Fonte: Gazeta do sul.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Mais Nove de Ana

Para marcar 10 anos de carreira, a cantora mineira Ana Carolina lança Nove, seu disco mais sofisticado. O CD traz participações internacionais, produtores cultuados e novos parceiros - Gilberto Gil entre eles.



Já se vão 10 anos desde que a mineira Ana Carolina se lançou nacionalmente sob olhares desconfiados da maior parte da crítica. Para estes, era mais cantora de voz grave e postura andrógina, sempre comparada a Cássia Eller e Zélia Duncan. Mas logo ela se tornou uma das cantoras mais populares do País, se transformando numa grande vendedora de discos – rivalizando atualmente apenas com Ivete Sangalo. Tamanho êxito a colocou em patamares altíssimos e agora Ana Carolina celebra esta primeira década de carreira com um disco superproduzido, Nove (Sony Music), recém-chegado às lojas.

Mas, diferente do trabalho de estúdio anterior, Dois Quartos (2006), que era um CD duplo com 24 músicas, Ana Carolina optou por um trabalho mais conciso em torno de seu número místico que dá título ao CD. Sim, são apenas nove faixas desta cantora que nasceu no dia 9 de setembro (nono mês do ano) que lançou seu primeiro CD em 1999. A saber, ela completará 35 anos no próximo mês. E não se trata de seu nono disco – é o quinto trabalho de estúdio e o sétimo de carreira, incluindo aí os dois gravados ao vivo, um com Seu Jorge e o anterior, registro do show Dois Quartos com chancela do Multishow.

Porém, se Ana Carolina economizou nas faixas, o restante teve tratamento de super estrela. A produção do CD é assinada por três nomes hypados da cena atual: Mário Caldato, Kassin e Alê Siqueira, todos com uma lista imensa de colaborações no Brasil e no exterior. Por falar no estrangeiro, Nove é também o disco mais cosmopolita da cantora, com a participação de três nomes internacionais: o soulman norte-americano John Legend, a baixista e cantora de jazz Esperanza Spalding e a cantora e compositora italiana Chiara Ciello.

Chiara é também uma das novas parceiras de Ana Carolina a aparecerem neste CD, ao lado de Gilberto Gil e Dulce Quental, que se aliam aos já tradicionais Totonho Villeroy, Mombaça e Dudu Falcão. Isso sem falar na lista de músicos que traz nomes como Daniel Jobim, João Parahyba (Trio Mocotó), arranjos de Lincoln Olivetti, programações de Tejo Damasceno e Rica Amabis (do Instituto), Donatinho, Davi Moraes.

Bem... dados os devidos créditos de Nove, vale ressaltar que todo este pedigree resulta num trabalho bem arranjado, com diversidade de texturas e surpresas musicais como a pegada de tango eletrônico (à moda Bajofondo e Gotan Project) logo na abertura de 10 Minutos, belas presença de cordas em Dentro e Resta (esta dueto bilíngue com Chiara). O tango reaparece mais natural na levada de 8 Estórias. Sambas interessantes que ganham abordagens distintas em Tá rindo, é? e Torpedo, esta última com letra de Gilberto Gil. Ou no clima suave de jazz-ballad de Traição, garantida pela presença cult de Spalding, encerrando o disco. Isto é, Nove se revela o disco mais rico musicalmente na trajetória popular da cantora.

Mas, convenhamos, há momentos duvidosos. O dueto/parceria de Ana com John Legend em Entreolhares/The way you´re looking at me pode até funcionar como um hit radiofônico (é a primeira faixa de trabalho), mas soa como mera cópia forçada da bem sucedida parceria Vanessa da Mata com Ben Harper. Outras faixas têm até mais chance de êxito nas paradas, como é o caso das citadas Tá rindo, é? e Dentro.

Apesar das grifes anexadas ao nome de Ana Carolina, basicamente, seu trabalho não se altera em absolutamente nada com relação aos anteriores. Ela se mantém uma compositora popular que escreve canções românticas e confessionais na primeira pessoa. Mantém a polêmica já desgastada da sexualidade ao citar nomes de mulheres – especialmente em 8 Estórias. As harmonias são banais e as melodias ás vezes com jeitão de ‘já te ouvi’ – como é o caso de Resta. A única faixa que foge da linha estabelecida é o samba Torpedo, onde a letra de Gil se impõe superior ao restante das faixas.

Isto é, Ana Carolina traz o que seu público quer. Com mais sofisticação na embalagem, é claro, mas sem mudar um milímetro na essência. Deve, sim, manter os bons índices de vendagem, mesmo na crise do mercado, sem se arriscar em reais inovações e sem muita criatividade.


DISCOGRAFIA

CDS:

Ana Carolina (1999)
Ana Rita Joana Iracema e Carolina (2001)
Estampado (2003)
Ana & Jorge (2005) com Seu Jorge
Perfil (2005) coletânea
Dois Quartos (2006) duplo
Quarto/ Quartinho (2007)
Dois Quartos: Multishow Ao Vivo (2008)
Nove (2009)

DVDS
Estampado (2003)
Estampado - Um Instante que Não Pára (2004)
Ana & Jorge (2005) com Seu Jorge
Dois Quartos: Multishow Ao Vivo (2008)


SERVIÇO

NOVE

– Mais novo CD da cantora mineira Ana Carolina. Participações: John Legend, Chiara Ciello e Esperanza Spalding. Produção: Mário Caldato, Kassin e Alê Siqueira. Lançamento Sony Music. 9 faixas. Com letras. Preço médio: R$ 28.

Por Luciano Almeida Filho.

Fonte: O Povo.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

domingo, 9 de agosto de 2009

Ana Carolina lança o CD N9ve



Cantora faz pose de mulherão, amplia o leque de parceiros com artistas estrangeiros e avisa: "Quero me superar"

“Sinal dos tempos”, deduziu Ana Carolina, depois de ser informada pela gravadora de que Entreolhares, a primeira música de trabalho de seu novo álbum, atingiu a marca de 10 mil downloads em apenas um dia. Parceria da intérprete mineira com o gaúcho Antonio Villeroy e o norte-americano John Legend Stephens – que a traduziu para o inglês –, a canção é provavelmente um retrato fiel de Ana Carolina.

Afinal de contas, ela sofreu transformações notáveis em uma década: do físico (o mulherão das fotos atuais simplesmente não existia no início de carreira) à produção confessional – que, para alguns, está cada vez mais para a música americana que para a brasileira.

“Podem gostar ou não de mim, mais eu tento. Estou fazendo música do meu jeitinho, com o meu violão e as minhas coisas”, defende-se a cantora e compositora de Juiz de Fora. Ela avisa: vai continuar tentando se superar a cada trabalho. “Acho que é por aí”, diz. Em 9 de setembro, ela inicia pelo carioca Citibank Hall a turnê nacional de lançamento de N9ve.

Nove escrito assim mesmo? Sim. Além de referência ao número (reduzido) de faixas, o novo disco alude à data de nascimento dela: 9 de setembro. Ah, a Sony/BMG anunciou que a tiragem é de 99.999 cópias. Pode? Pode. Sétimo álbum solo de Ana Carolina, além de um representante do legítimo rhythm & blues (John Legend), que casa perfeitamente com o timbre poderoso da mineira, a lista de convidados internacionais inclui a cantora italiana Chiara Civello, radicada nos Estados Unidos, que divide com Ana a autoria de quatro canções (10 minutos, Estórias, Resta – cantada pela dupla – e Traição), e a contrabaixista americana Esperanza Spalding (participação especial em Traição).

De Dois quartos (o álbum duplo anterior, de 24 faixas) para N9ve (que ela, em tom de brincadeira, classifica de “quitinete”), Ana Carolina parece querer reafirmar a possibilidade de carreira internacional, ainda que não troque de língua para soltar o belo vozeirão.

“O número de faixas do disco foi apenas coincidência, nada mais. Quando vi, eram nove músicas prontas para gravar. Tanto que a décima, o blues chamado Mais que a mim, nada tinha a ver com esse repertório e acabou ficando de fora”, destaca. “Pode parecer que fiz um álbum menor porque o último foi grande, mas não tem nada a ver também.”

INTERNET

A presença de convidados gringos foi outra obra do acaso, revela Ana. “Passo muito tempo na internet, onde descobri o John Legend. Peguei a faixa, mandei para ele perguntando se queria gravar. Ele disse que sim e fez a versão para o inglês”, relembra. Chiara Civello chegou por meio do neto de Tom Jobim Daniel Jobim, que a apresentou à cantora italiana. “Quando criança, ouvia canções italianas”, recorda Ana Carolina. “Chiara me fez conhecer algumas cantoras novas e canções antigas da Itália. Nós fizemos verdadeira troca musical.”

Se Entreolhares for tão bem nos países em que o disco de Ana deve ser lançado, a mineira não descarta a hipótese de se lançar fora do Brasil. “Não tenho carreira internacional”, assume ela, informando que fez shows apenas em Portugal e nos Estados Unidos. “Quem sabe N9ve não traga exposição maior lá fora, fazendo com que a gente arrume um jeito de cantar no exterior? Seria bacana.” Antes que acusem Ana Carolina de se americanizar de vez, vale lembrar: o velho e bom samba, ainda que às vezes meio estilizado, marca presença em seu novo trabalho.

Gil Um belo exemplo do gênero genuinamente brasileiro é Torpedo, faixa com participação de Mombaça e letra esperta do ex-ministro Gilberto Gil: “Desde que o samba começou/ O bamba sempre usou/ Variações inúmeras para dar/ Conta de tantas emoções…”. Esses versos refletem as misturas e transformações inevitáveis da MPB “desde que o samba é samba”, como cantou Caetano Veloso.

Para Ana Carolina, já se foi o tempo em que se media o sucesso de um artista ou de uma canção por vendagem de discos ou sua execução em rádio. “Quando recebi a notícia de que Entreolhares teve 10 mil downloads em um único dia, vi que a gente mede sucesso dessa forma. O sinal dos tempos está aí”, constata. “Esse tipo de coisa não atrapalha o artista. Atrapalha a gravadora, quem ganha dinheiro com venda de música. Artista ganha dinheiro é com show”, conclui.

Fonte: Uai.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

Cada Vez Que Eu Fujo, Eu Me Aproximo Mais

Por Zé Pedro em seu site.



Esse texto não é sobre o disco "Nove" de Ana Carolina. Esse texto é sobre a força e o carisma de um artista, independente do ser crítico ou do gosto de cada um.
Cantora aqui em casa chega cedo. Até mesmo antes de gravar noticias chegam ao meu ouvido e eu pego o primeiro trem bala para ir ao encontro de uma delas. As vezes é uma rota de colisão: um acidente de percurso. As vezes é a glória do saber querer, um explode coração. E Ana Carolina foi assim: naquele ano seu primeiro disco assombrou a todos e iluminou a minha casa. Era um disco irregular, apesar de hoje os críticos o considerarem um clássico e ficarem eternamente comparando com os posteriores. Ali já estavam sua voz potente, as composiçoes próprias de estilo vingativo e um visual vermelho em todos os sentidos. Arrebatou o Brasil imediatamente. Atravessei a sua vida no segundo disco quando já estava totalmente abduzido pelo seu canto.
Mas esse texto nao é sobre talento. É um texto sobre a amizade. Sobre admiração mútua. Essa semana fui para o Rio de Janeiro e escolhi sua casa como abrigo. Ali passamos horas indescritiveis de alegria e emoção. Ouvimos músicas (nunca as nossas), rimos madrugadas inteiras, discutimos arte e amor como dois irmãos que somos. Dias inesquecíveis onde matamos nossa saudade.
Eu não uso linhas telefônicas com Ana. Tampouco ela me procura com frequência. Não existem emails. Skype uma vez e foi com a câmera desligada (eu juro ! ). Mas somos ligados num acordo intimo. Como a mão direita e esquerda.
Ana Carolina é uma artista de sucesso . E esse bem suceder ela divide com todos ao seu redor. Que bom que eu estou ali. Numa platéia espremido na turba enfurecida ou no sossego do seu lar. Coisa boa é poder se estar ao lado de gente vitoriosa. Levanta o astral e faz bem a saûde.

Fonte: Site Oficial do DJ Zé Pedro.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

sábado, 8 de agosto de 2009

'SOU FRUTO DE UMA TRAIÇÃO'

Jornal "EXTRA" de hoje.



Ana Carolina lança 'Nove':

Quem vai à casa nova de Ana Carolina, ainda em obras, vê de cara — assim que sobe as escadas que dão acesso a uma bela varanda — um quadro onde se lê: “Foda-se”. A impressão que se tem é a que de lá vai surgir uma mulher arredia e de mal com a vida para a entrevista sobre seu décimo disco. Nada disso. Ana se apresenta bem-humorada e revela assuntos íntimos, quando perguntada sobre a faixa “Traição”, que fecha seu novo trabalho, “Nove”.
— Meu pai e minha mãe foram amantes durante 12 anos. Sou fruto de uma traição — diz Ana, que, por causa de seu envolvimento com o assunto, vê o tema de forma pouco convencional: — Se não tivesse havido uma traição por parte do meu pai, eu não teria nascido. Sempre questionei muito o peso dessa palavra. Traição para mim é quando um amigo dá uma facada nas costas do outro.
A cantora deixa claro que nunca traiu e também nunca soube de uma traição de qualquer uma de suas namoradas. Mulheres que foram lembradas, com nomes fictícios e uma alta dose de bom humor, na música “8 estórias”. De qualquer maneira, Ana Carolina faz questão de frisar:
— Não fica nem bem, com 34 anos, eu só ter oito ex-namoradas, mas também botar tudo ia pegar mal.
Composta com Chiara Chivello, que faz uma participação especial no CD, a faixa terá os nomes de mulheres trocados por de homens quando cantada pela amiga.
Outros que participam do CD são a italiana Esperanza Spalding (“Traição”) e o americano John Legend (“Entreolhares”).
Uma curiosidade do CD e da vida da cantora é a constante aparição do número nove. Ela nasceu no dia 9 de setembro, lançou seu primeiro disco em 1999, e o álbum tem nove faixas:
— Quando me dei conta das coincidências não tive dúvidas do nome do disco.

Veja o vídeo de Ana Carolina para os Leitores do Extra: Clique aqui!

Fonte: Jornal Extra(08.08.09).

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009



Ana Carolina comemora a primeira década de carreira com novo disco, o sucinto "Nove" (Sony Music). Algo cabalístico, ela conta com nove músicas, da cantora que nasceu no dia 9 do mês nove, e gravou seu primeiro disco em 1999. Mas, segundo ela, não representa mais que uma coincidência que ela fez questão de lembrar. O trabalho, conduzido por três dos mais importantes produtores do cenário brasileiro - e internacional - Mario Caldato (Beastie Boys, Beck, Planet Hemp), Kassin (Los Hermanos, Orquestra Imperial, Caetano) e Alê Siqueira (Tom Zé, Paulinho da Viola, João Donato), traz parcerias inéditas e participações internacionais.

Entre os convidados estrangeiros, a italiana Chiara Civello, que assina com Ana “Traição”, “8 estórias”, “10 minutos” e “Resta” - nesta, também toca piano e canta -; o norte-americano John Legend, que compôs e canta “Entreolhares”, primeira música de trabalho, em rotação nas rádios; e a baixista, também norte-americana, Esperanza Spalding, com seu suíngue jazzístico em "Traição”.

Como parceiros, comparecem Gilberto Gil, que presenteou a mineira de Juiz de Fora com a letra do samba “Torpedo”, e o parceiro de longa data Antônio Villeroy, que participou também de “Entreolhares” e em “Tá rindo, é?”. Além disso, músicos como João Parahyba, Davi Moraes, Pedro Bernardes, Daniel Jobim, Arthur Verocai, Donatinho e Carlos Trilha participam da sonoridade diversa, que inclui arranjos de cordas e metais, além de de instrumentos como cello, violino e harpa, junto com a levada mais pop da guitarra baixo e bateria.

O romantismo é o tema recorrente nas letras de “Nove”, em canções como "Resta", "10 minutos", na parceira com Legend, "Traição". Destaque para "8 estórias", que enumera oito mulheres e relações com uma marcação tensa e suave ao mesmo tempo.

Autora de sucessos estourados em todo o país, como "Garganta" (feita para ela pelo compositor Totonho Villeroy) e “Quem de Nós Dois”, do primeiro e segundo disco, ela gravou, em 2003, "Estampado", uma mistura de rock, balada, samba e bossa, que trouxe parcerias inéditas, entre elas, Chico César e Seu Jorge, com quem iria gravar, em 2005, “Ana & Jorge ao Vivo”, No final de 2006, Ana Carolina lançou seu quarto álbum, o CD duplo “Dois quartos”; de um lado, canções mais pops, do outro, experiências de novos sons e novas idéias.

Desde o primeiro disco, Ana Carolina descobriu um público fiel que a acompanha com uma devoção pouco vista com outras cantoras e bandas, com raras exceções, como a paixão desbragada dos fãs da finada banda carioca Los Hermanos. Seus shows são verdadeiras exaltações de amor a ela e sua música, que devem se repetir mais uma vez nas apresentações deste conciso "Nove".

Veja o Vídeo aqui: Entrevista com Ana Carolina.

Fonte: Saraiva.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

Ana Carolina assume ser grande supersticiosa pelo número nove

Hoje o Café da Manhã foi com a cantora Ana Carolina no BOM DIA RIO.



O grande sucesso da cantora e compositora foi "Garganta". Em um bate-papo animado, Ana Carolina revela curiosidades do início da carreira e canta algumas músicas que não podem faltar nos shows.
A convidada de hoje se diz fã dos exageros, tem uma capacidade vocal impressionante e já vendeu cinco milhões de discos. Hoje, o Café da Manhã é com a cantora e compositora Ana Carolina.



A cantora revelou detalhes do seu início de carreira, da infância em Juiz de Fora, em Minas Gerais e de como alcançou o sucesso para se tornar uma das artistas brasileiras mais famosas hoje.











Veja, em vídeo, a entrevista na íntegra com a cantora.
Clique Aqui, para assistir.

Também já está no You Tube, veja:
Ana Carolina no Bom Dia Rio.

Fonte: Bom Dia RJ.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

Já nas Lojas de Todo o Brasil.

Garanta já o Seu "N9VE".

Veja algumas fotos abaixo:





Você pode garantir o seu nas lojas ou pela internet. Veja alguns sites aqui:

* |Submarino| * |Saraiva| * |Lojas Americanas| *

Ficha técnica do CD:



Gravadora: SONYBMG
Ano de lançamento: 2009
Coletânea: Não
Ao Vivo: Não
Acústico: Não
Cópia Controlada: Não
Ana Carolina: Intérprete







Faixas:

1. 10 Minutos
2. Dentro
3. Tá Rindo, É?
4. Entreolhares (The Way You´re Looking Ate Me)
5. Era
6. 8 Estórias
7. Resta
8. Torpedeo
9. Traição

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ana Carolina mostra sua face mais suave em novo CD

Hagamenon Brito | Redação CORREIO



O novo álbum da cantora e compositora Ana Carolina, N9ve (Sony BMG), chega nesta quinta-feira (6) às lojas com tiragem inicial de 99.999 cópias. É muito nove, mas tudo faz sentido na “cabeça neurótica” - como ela mesma brinca - da artista nascida em Juiz de Fora (Minas Gerais), em 9 de setembro (o nono mês) de 1974, que estreou em disco em 1999 e está lançando um CD com nove canções.

“Eu tinha dez faixas, havia um blues, mas aí tirei e me dei conta dessas coincidências... Além disso, meus discos sempre tiveram canções demais. Dois quartos (2006) tinha 24! Como estou fazendo dez anos de carreira, resolvi abrir a porteira (risos)”, diz a cantora ao repórter do CORREIO, na sala da sua mansão no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, com vista deslumbrante do Corcovado e da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Diferentemente dos álbuns anteriores, que venderam quase cinco milhões de cópias (e a tornaram uma das três cantoras mais populares do país, ao lado de Marisa Monte e Ivete Sangalo), N9ve traz Ana Carolina em tons mais suaves e sofisticados.

Alguns fãs podem até estranhar de cara. Teria ela cansado do seu lado rock’n’roll, de cantar de modo visceral? “É a idade. Vou fazer 35 anos! (gargalha). Na verdade, quero que a audição da minha canção dure, quero que minhas canções tenham mais tempo de vida. Tanta gritaria às vezes cansa”, afirma, enquanto acende mais um cigarro Free.

De fato, uma mudança e tanto para quem, de modo excessivo, transformou É isso aí (versão de The blower’s daughter, do cantor irlandês Damien Rice) num martírio radiofônico, em 2005, quando a música (gravada em dueto com Seu Jorge) tocou até dizer chega.

“Hoje eu não faria, não gravaria daquele jeito. De qualquer jeito, minha carreira tem tantas influências e é tão variada, fora as críticas que a gente recebe no caminho, algumas com sentido, outras não. A lei é procurar se superar sempre. Às vezes, a gente lança a música em disco e ela cresce e muda com a experiência do show”, analisa Ana Carolina, de modo autocrítico.

Las bastardas

Produzido por Alê Siqueira (Arnaldo Antunes, Tribalistas), Mario Caldato (Bebel Gilberto, Jack Johnson) e Kassin (Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto), o novo álbum conta com participações especiais internacionais de peso: o cantor americano de neosoul John Legend, a cantora e baixista de jazz americana Esperanza Spalding e a cantora italiana Chiara Civello.

Legend solta a voz no sambalançosoulpop Entreolhares, que ele compôs com Ana e com AntônioVilleroy, além de ter feito a versão da parte em inglês. A faixa é o primeiro single do álbum. “Sou apaixonada pelo jeito dele cantar. Mandei um CD com a música e ele não só gostou, como fez a versão”, explica.

Esperanza, que esteve no TIM Festival 2008, Ana conheceu no You Tube. Foi paixão à primeira vista. A participação da baixista foi gravada no Rio. Ao explicar para a americana o que significava o título da balada Traição, Ana revelou que ela foi fruto de uma infidelidade: seus pais foram amantes por 13 anos. “Eu também”, disse Esperanza. Juntas, pensaram em formar a dupla Las Bastardas.

Outro convidado mais que especial de N9ve é Gilberto Gil, parceiro da cantora e de Mombaça no samba Torpedo. “Durante um bom tempo, essa música ficou sem letra. Um dia, tomei coragem e mandei pro Gil, que devolveu com a letra pronta em apenas dois dias”. conta. Agora, é cair na estrada. O novo show estreia em 9 de setembro, no Rio, e chega a Salvador nos dias 30 e 31 de outubro, na Concha Acústica do TCA.

‘Sempre fui polêmica na vida’

Em dezembro de 2005, coroando uma temporada de sucesso avassalador (vendeu um milhão de cópias com dois discos simultâneos: Perfil e Ana & Jorge), a cantora Ana Carolina virou capa da revista Veja e declarou: “Sou bissexual. Acho natural gostar de homens e mulheres. Sou contra essa postura de levantar bandeiras para defender o homossexualismo, pois fica parecendo que ser gay é uma doença”.

Hoje, quatro anos depois, a artista diz que não se arrepende da entrevista, que ganhou uma enorme repercussão. “Eu sempre fui polêmica em minha vida, em minha casa. A questão é que, quando você se torna uma pessoa pública, a coisa toma uma dimensão muito maior. Não descobri a pólvora sobre o assunto, claro. Antes de mim teve a Angela (Ro Ro), a Cássia (Eller)...”.

Ana Carolina é uma mulher em sintonia com o seu tempo, sabe bem que muitas coisas já mudaram. Os tempos, para muita gente, já são mais tranquilos. “As meninas de hoje estão mais desencanadas, dão beijinho na boca de outras meninas até por diversão, até para fazer ciúmes aos namorados. Acho que o uso da internet, dos blogs, influenciou numa maior liberdade, num exercício de se abrir para a vida”.

Naturalidade

De perto, na manhã carioca de 19°C, Ana é ainda mais bonita do que nas fotografias e nos vídeos. Enquanto é maquiada e penteada, fala com naturalidade sobre qualquer assunto. Em duas décadas de jornalismo, raras vezes vi um artista convidar (alguns) jornalistas para entrevistá-lo, em sessões individuais, em sua própria casa (no caso, uma bela mansão na encosta do Corcovado, praticamente no sovaco do Cristo).

Ainda com obras na parte térrea, a casa na Caio Mello Franco (a mesma rua do estúdio Nas Nuvens, de Liminha), foi comprada há um ano e meio pela cantora, mas só agora, brinca, ela resolveu ocupá-la de vez para que a reforma seja concluída.

Os seus quatro cachorros cocker estão em outro endereço de Ana Carolina, um apartamento em São Conrado. Atenta às novas cantoras, a artista afirma gostar de Pitty, mas destaca mesmo Roberta Sá e a estreante Maria Gadú, que está lançando seu primeiro álbum pela gravadora Som Livre. “Conheci Maria Gadú num sarau na casa do Totonho (Villeroy) e adorei. No meu próximo DVD, vou chamá-la para cantar comigo o blues que ficou de fora do disco”, conta.

Amante da noite, dá risada ao saber que o repórter do CORREIO acordou às 5h para pegar o voo das 7h20: “Nesta hora, eu estava chegando em casa”. Como canta em Tá rindo, é?, a oração de Ana Carolina é bem curta, para o santo não se entediar.

John Legend

Uma das estrelas do novo soul americano, o cantor e pianista é parceiro de Ana Carolina no sambalançosoulpop Entreolhares, primeira música de trabalho do álbum e na qual ele também solta a voz. O artista também participou do último disco de Sergio Mendes.

Esperanza Spalding

Revelação do jazz contemporâneo, a cantora e contrabaixista americana (que se apresentou no Brasil no TIM Festival 2008, em outubro) participa da faixa Traição, uma das quatro parcerias de Ana Carolina com a cantora italiana Chiara Civello.

‘N9ve’ é o melhor trabalho da carreira de Ana Carolina

Entre os álbuns Estampado (2003) e Dois quartos (2006), Ana Carolina cresceu como compositora, consolidou seu espaço na música brasileira atual e atingiu grande popularidade. É a cantora que mais vendeu discos e tocou nas rádios nesta década.

Sozinha ou com ajuda de parceiros, transformou-se numa hit maker de primeira. Com o novo e bom álbum, a artista mexe no time que está ganhando sem, contudo, transfigurar o seu espírito musical.

Com Mart’nália, confessa, Ana Carolina aprendeu a fazer samba. E quem cai na maldição do samba, reza a lenda, é abençoado. O ritmo cadenciado, aliado às outras influências da cantora (o pop, o romantismo das baladas, etc), fez bem à compositora, assim como a compreensão de que sua poderosa voz não precisa ser exercitada a plenos pulmões para passar sinceridade: melhor é estar a serviço da canção.

Das participações especiais (John Legend, Esperanza Spalding e Chiara Civello) aos músicos (como Daniel Jobim, Davi Moraes, João Parahyba, Donatinho e Carlos Trilha), tudo em N9ve acrescenta mais qualidade e variedade à discografia da cantora. (HB)

FICHA



CD N9ve
Artista Ana Carolina
Produção Alê Siqueira, Mário Caldato e Kassin
Gravadora Sony BMG
Preço R$25 (em média)

Fonte: Correio.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Apesar de todo o investimento e grifes, álbuns de cantoras têm resultados abaixo da crítica



A mineira Ana Carolina, que busca uma aura cool para seu quinto álbum de estúdio, ‘Nove’.

Um grande investimento técnico agrega valor artístico a um disco a ponto de torná-lo bom? Cada um a sua maneira, os novos CDs da veterana Ana Carolina e das novatas Ana Cañas e Maria Gadú respondem -com um "não"- a essa pergunta.
Os lançamentos estão sendo tratados à moda antiga por suas respectivas gravadoras, com a mesma pompa dos tempos em que a indústria vendia muitos discos e, de volta, tinha bom dinheiro para gastar com eles.
Nos três casos, os altos investimentos saltam aos olhos já nos encartes -seja pela qualidade gráfica, seja pelo desfile de nomes estrelados nas fichas. Produtores "hypados" foram escalados, nomes consagrados assinam parcerias, astros internacionais fazem duetos, fotógrafos de moda clicam as capas.
Ao que parece, mais do que buscar afinidades reais entre as cantoras, seus convidados e equipes técnicas, a preocupação aqui parece ter sido conquistar a credibilidade por meio da ostentação de grifes.
E o resultado musical ficou abaixo da crítica.



Pode-se dizer que a produção musical de um álbum foi bem executada em duas circunstâncias. Quando, preocupada em trazer a primeiro plano a personalidade do artista, ela não se deixa notar e se torna invisível. Ou quando, ao contrário, dá um jeito de aparecer com mais intensidade que o próprio artista, preenchendo o vazio causado pela falta de personalidade dele.
Os lançamentos das cantoras Ana Cañas, Maria Gadú e Ana Carolina misturam essas situações de forma esquizofrênica.
No caso de Cañas e Gadú, atuais apostas das gravadoras Sony e Som Livre, o problema parece ter vindo de cima. A produção esmerada dos respectivos álbuns importa-se pouco em trazer à tona a novidade, os talentos que essas mesmas artistas já demonstraram em apresentações ao vivo.
Preferiram investir no hype e formatá-las em padrões de qualidade do antigo mercado, adornando o "produto" com nomes reconhecíveis pelo público consumidor.

Marisa Monte
A estreante Gadú, 22, vem arrebanhando fãs entusiasmados na imprensa carioca, principalmente por seu carisma cênico. Mas ele não aparece no recém-lançado "Maria Gadú".
Repleta de contracantos e "laialaês", a produção de Rodrigo Vidal mais evidenciou a impressionante semelhança vocal entre Gadú e Marisa Monte do que tentou detectar particularidades da artista que nascia.
Já que era para seguir os ensinamentos da veterana, os produtores poderiam ter aconselhado Gadú a não expor tão cedo seu repertório autoral, ainda um tanto imaturo. Marisa não soltou nenhuma canção de própria lavra até que estivesse devidamente estabelecida por seu maior trunfo: a voz.

Vanessa da Mata
Segundo Alexandre Schiavo, presidente da Sony Music, muitas das estratégias usadas agora para alavancar a carreira de Ana Cañas, 28, foras aprendidas com outra artista da gravadora: Vanessa da Mata.
Talvez por isso, Liminha, responsável por álbuns de Vanessa, tenha sido recrutado para dar a pegada roqueira de "Hein?", esse segundo trabalho de Cañas. O produtor também assina parcerias em oito de suas 12 faixas.
Arnaldo Antunes fez as letras de cinco delas. Por um lado, sua presença minimiza as críticas negativas que as composições autorais do álbum de estreia da cantora receberam. Por outro, a quantidade ostensiva em que essas parcerias aparecem agora gera a suspeita de que ela esteja tentando pegar onda na grife.
Em "Nove", novo CD de Ana Carolina, 34, esse contraste fica ainda mais óbvio. É constrangedora a diferença entre a letra composta com Gilberto Gil e as que Carolina fez com sua turma (veja quadro).
A começar por sua capa, digamos, conceitual, o disco inteiro tenta maquiar com uma vestimenta "cult" a inegável vocação ultrapopular da cantora.
A produção, que ficou por conta dos hypados Kassin (Orquestra Imperial, Caetano Veloso), Mario Caldato (Beastie Boys, Bebel Gilberto) e Alê Siqueira (Tom Zé, Arnaldo Antunes), buscou tanto quanto pôde conter os arroubos vocais da cantora, famosa por se importar mais com volume que com interpretação. Não fez milagre.
Vanessa da Mata também serviu de modelo aqui. O formato de seu hit "Boa Sorte (Good Luck)", criado em dueto com Ben Harper, foi decalcado por Carolina em "Entreolhares (The Way You're Looking at Me)", dueto com o cantor americano John Legend.
Além de Legend e de Gil, a cantora e baixista de jazz americana Esperanza Spalding também comparece no álbum. Como talento e aura cult não são transmissíveis como o vírus da gripe suína, fazem pouca diferença no resultado final do trabalho -popular no talo, como todos os seus anteriores. Feito esses, deve vender muito.

Marcus Preto.

Fonte: Folha de São Paulo.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

Ana Carolina lança novo CD e quer ser mãe



Cantora comemora 10 anos de carreira, planeja congelar óvulos e diz que ‘virou minhoca’ depois que se declarou bissexual



Rio - "Sem óculos? Só se você mandar a foto para eu passar no Photoshop!”, disparou Ana Carolina quando começou a posar para o fotógrafo em sua nova casa, no Jardim Botânico. Virginiana do dia 9 de setembro, Ana mal podia imaginar que o repórter incumbido de entrevistá-la por ocasião do lançamento do nono álbum, ‘Nove’, também nasceu sob este signo do zodíaco, no mês... nove. O algarismo que se repete tantas vezes na vida da cantora significa “coroamento dos esforços”. Nada mais adequado para comemorar os 10 anos de sua bem-sucedida carreira.

“Eu tinha medo de ninguém gostar. Bobagem de jeca mineira. Mas quando soube que tinha vendido 100 mil cópias, comecei a fazer terapia”, revela Ana sobre o início da carreira, quando estourou com o hit ‘Garganta’, em 1999. Durante esta década, a cantora emplacou pelo menos um sucesso com cada CD que lançou.

A música ‘Quem de Nós Dois’ — versão em português para a balada italiana ‘La Mia Storia Tra Le Dita’ —, do disco ‘Ana Rita Joana Iracema e Carolina’, de 2001, chegou a 3 mil execuções nas rádios. Em 2005, uma versão em português para ‘The Blower’s Daughter’, do filme ‘Closer — Perto Demais’, batizada aqui de ‘É Isso Aí’, grudou. Mesmo assim, Ana Carolina jura desconhecer a fórmula do sucesso. “Ah! Se eu soubesse o valor do delta”, gargalha ela, conhecida pelo timbre único e também por polêmicas.

Em entrevista à revista ‘Veja’, em 2006, a cantora disse ser bissexual. “As meninas ficaram danadas comigo. Virei minhoca. A surpresa foi: ‘Ela gosta de homem também’. Mas não deixaram de ir ao show”, conta Ana, que está namorando (mas não diz quem) e planeja congelar seus óvulos para uma futura gravidez. “Sou diabética. Não posso parar agora. Mas se daqui a 10 anos eu tiver vontade...”, diz. Prestes a completar 35 anos, Ana Carolina vai comemorar o aniversário no Citibank Hall, com o show ‘Nove’.

No novo álbum, ela flerta com o tango nas faixas ‘10 Minutos’ e ‘Resta’, ambas em parceria com a italiana Chiara Civello e traz o americano John Legend em ‘Entreolhares’, já em execução nas rádios. “Escrevi para ele: ‘Oi. Eu sou uma cantora brasileira e queria que você cantasse essa música’. Ele topou”, diverte-se Ana, que já pensa na aposentadoria. “Daqui a 15 anos eu paro. Vou fazer outra coisa. Tenho medo de viver à própria sombra”, diz.

“Ana Carolina ambiciona o sucesso populista", por Mauro Ferreira.



Nem a Excelência da produção de Ale Siqueira . Mauro Caldato e Kassin atenua a anemia da safra de inéditas reunida por Ana Carolina em “Nove’’. O álbum confirma que a produção autoral da artista parece ter chegado a um ponto de exaustão, já detectado no disco anterior, o duplo “Dois Quartos”(2006). Com ares de tango eletrônico “10 minutos” (Dimmi Perché) é a única música digna da discografia inicial da artistas. Se os sambas “Tá rindo, é?” e “Torpedo” (com letra de Gilberto Gil) sequer roçam o suingue de “Cabibe” (2005) ou a beleza melódica de “Vestido Estampado” (2003), as baladas - como “Era” e “Dentro”- figuram entre as piores da artista no gênero. O flerte descarado com o pop radiofônico em “Entreolhares”, tema que subaproveita os vocais do cantor americano John Legend, sinaliza que Ana Carolina ambiciona o sucesso populista. Com cantora ela é das melhores da sua geração e acerta ao dosar os tons em “Nove”. Mas não basta cantar bem e se aproveitar de uma produção luxuosa, Noves fora, nada. Ou quase nada...

Fonte: Jornal O Dia (04.08.09).

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.

Jardins Suspensos: Ana Carolina poda excessos em 'Nove'.



RIO - Fiz a quitinete que você pediu - provoca Ana Carolina ao receber o repórter em sua mansão no Jardim Botânico para uma audição de "Nove" ("N9ve" na arte do CD) ao lado de muitos dos envolvidos na criação do novo álbum, entre músicos, compositores parceiros, produtores, arranjadores, técnicos, equipe de produção, da gravadora Sony e ainda amigos próximos.

Escute Ana Carolina cantando 'Tá rindo, é?'

Escute Ana Carolina cantando 'Traição'


Agora, com repertório enxuto, apenas nove e redondas faixas, a brincadeira mostra que a cantora, compositora e violonista não se esqueceu da critica a seu disco de estúdio anterior, "Dois quartos", lançado em dezembro de 2006, um CD duplo com 24 faixas, que pecou exatamente pelo excesso.

- Pela manhã, Ana me ligou, furiosa com a resenha publicada no Segundo Caderno. Mas, no fim daquele mesmo dia, ela me chamou de volta dizendo que o teor do texto fazia algum sentido - conta sua empresária, Marilene Gondin.

Quase três anos depois, é evidente que o tempo fez bem a Ana Carolina e à sua música. "Nove" (que a Sony bota nas lojas esta semana, com tiragem inicial de... 99.999 cópias, e mais algumas referências ao seu número de sorte, ela que nasceu, em Juiz de Fora, num dia 9 de setembro, em 1974) é seu melhor e mais ousado trabalho. Além do rigor na peneira do seu repertório e da voz potente calibrada na dosagem adequada, Ana se cercou das pessoas certas. A produção musical ficou entre a dupla Mário Caldato e Kassin (em seis canções) e Alê Siqueira (nas três restantes); para as bases instrumentais estão cobras como Renato Massa (bateria), Alberto Continentino (baixo), Donatinho (teclados) e João Parahyba (percussão); os arranjos se alternaram nas mãos de Arthur Verocai, Lincoln Olivetti, Felipe Pinaud e Sean O' Hagan; e em três faixas Ana faz duetos: com o astro da música soul contemporânea John Legend (em "Entreolhares"), a contrabaixista e cantora de jazz americana Esperanza Spalding (na balada "Traição", que também conta com o piano de Daniel Jobim) e sua mais nova parceira, a italiana Chiara Civello (em "Resta", uma das quatro que elas assinam juntas no CD, esta também com participação na letra de Dulce Quental).



"Nove" convence o crítico-repórter, mas será que a cantora e compositora que mais vendeu discos e tocou no rádio na última década, desde seu début, em 1999, vai conseguir repetir o sucesso? Pergunta que a própria se faz em certo momento da noite regada a bons vinhos, na casa que mais parece um jardim suspenso, com suas estruturas de aço e muito vidro - projeto do arquiteto Índio da Costa -, incrustada na encosta do Corcovado e abençoada pela deslumbrante vista da Lagoa e das encostas do Rio. A resposta virá aos poucos, de um combalido mercado musical, que em nada parece com o da época de sua estreia. Mas os ingredientes básicos de Ana Carolina continuam presentes: a voz poderosa e canções, do pop ao samba, com letras confessionais que, em alguns momentos, falam sem pudores de mulher para mulher. Entre essas, "8 estórias", que ganhou toques de tango no arranjo e lista oito "ex": "Giovanna me liga ainda / Laura nem pode me ver / Pra Cláudia eu dançava sozinha / Até que na pista conheci a Sophia / Com Luna só disse mentiras / Pra Juana mentia em espanhol / Pra Carmem inventei tanta estória...".

- Chiara, minha parceira nessa canção, também vai gravá-la, mas na versão para o italiano ela está mudando o gênero dos personagens, que viram Giovanni, Lauro, Cláudio... - conta Ana, que foi apresentada à cantora italiana por Daniel Jobim num dos informais saraus dos Compositores Unidos, que reúne mensalmente gente do meio musical carioca.

Ela não mudou na essência, mas, saudavelmente, procurou tanto novas referências quanto velhas influências. No segundo caso, a parceria com Gilberto Gil, que letrou o ótimo samba "Torpedo", de Ana e Mombaça.

- Trabalhamos muito tempo nesse samba e enviamos, cheios de dedos, para Gil, que o devolveu com a letra pronta e perfeita em apenas dois dias - diz ela, que tem mais sambas na gaveta, mas vê um excesso de cantoras no gênero. - Não gosto de rótulos, de ficar parada numa estante. E é muito bom viver no Brasil por agregarmos a música do mundo todo e podermos criar algo novo a partir dessa grande mistura.

Um exemplo disso é "Entreolhares", canção para a qual o parceiro Antônio Villeroy achou que cabia bem uma letra em inglês, daí o convite para John Legend Stephens, que assina a versão e participa do dueto. O resultado remete ao período, nos anos 1970, em que a música soul flertou com o samba e a bossa nova, em trabalhos de gente como Stevie Wonder e Leon Ware (em suas parcerias com Marcos Valle).

Fonte: O Globo Online.

Matéria do dia 03.08.09.

Por Érika Lima, Equipe Ana Por Inteiro.